Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril e Associação 25 de Abril co-organizam homenagem a Salgueiro Maia
Sessão evocativa e nova edição da biografia assinalam os 30 anos da morte do capitão de Abril. Daniela Salgueiro Maia, a neta de Salgueiro Maia, estará presente, em representação da família.
No momento em que passam 30 anos da morte de Salgueiro Maia, a Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril e a Associação 25 de Abril co-organizam uma homenagem ao militar, a ter lugar na próxima sexta-feira, dia 1, às 17h30, no Quartel do Carmo.
A homenagem tomará a forma de uma conversa entre amigos do “homem e militar”, que reunirá António Sousa Duarte, o autor da biografia “Salgueiro Maia – Um Homem da Liberdade”, o editor António Baptista Lopes (Âncora Editora), o jornalista Adelino Gomes, o capitão de Abril Carlos Matos Gomes e Maria Inácia Rezola, professora na Escola Superior de Comunicação Social e investigadora no Instituto de História Contemporânea.
No âmbito da sessão evocativa, será lançada uma nova edição do livro “Salgueiro Maia – Um Homem da Liberdade”, da autoria de António Sousa Duarte.
A homenagem a Salgueiro Maia estende-se aos sete concelhos por onde o capitão de Abril passou, que o evocarão no espaço público, e às páginas de duas dezenas de jornais e publicações nacionais e regionais.
Fernando José Salgueiro Maia nasceu em Castelo de Vide, a 1 de julho de 1944, e morreu em Lisboa, a 3 de abril de 1992.
Em 1964, ingressou na Academia Militar de Lisboa, passando, de seguida, para a Escola Prática de Cavalaria de Santarém. Cumpriu comissões de serviço em Moçambique (1967-1969) e na Guiné (1971-1973). Em 1970, foi promovido a capitão.
Salgueiro Maia participou nas reuniões clandestinas do Movimento das Forças Armadas, integrando a sua Comissão Coordenadora.
No dia 25 de Abril de 1974, é Salgueiro Maia quem comanda as tropas que, vindas da Escola Prática de Cavalaria de Santarém, cercam o Terreiro do Paço. É o então capitão Maia quem comanda igualmente o cerco ao Quartel do Carmo, que termina com a rendição de Marcello Caetano e a entrega do poder a António de Spínola.
No dia 25 de Abril de 1974, é Salgueiro Maia quem comanda as tropas que, vindas da Escola Prática de Cavalaria de Santarém, cercam o Terreiro do Paço. É o então capitão Maia quem comanda igualmente o cerco ao Quartel do Carmo, que termina com a rendição de Marcello Caetano e a entrega do poder a António de Spínola.
Após o 25 de Abril, Salgueiro Maia mantém-se como membro do Movimento das Forças Armadas, mas recusa ser membro do Conselho da Revolução. Entre 1976 e 1977, exerce funções nos serviços administrativos da Direção da Arma de Cavalaria, em Lisboa. Passa depois pela 3.a Repartição do Quartel-General da Zona Militar dos Açores, em Ponta Delgada, sendo colocado, em 1979, como comandante do Setor Prisional do Presídio Militar de Santarém.
Volta à Escola Prática de Cavalaria em 1984. É promovido a major em 1981 e a tenente-coronel em 1988.
Salgueiro Maia concluiu ainda as licenciaturas em Ciências Políticas e Sociais e em Ciências Antropológicas e Etnológicas, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.