“Mais Um Dia”. Espetáculos, debates, conferências e entrevistas para celebrar a Democracia no Teatro São Luiz
Ao longo de duas semanas, o Teatro São Luiz vive o tempo da memória e da história, celebrando 48 momentos que marcaram ocasiões de afirmação e resistência ao regime. É também altura para serem lançadas algumas das questões que se entendem relevantes debater no país que nasceu da revolução, e que se projeta para um futuro onde a democracia não deve ser dada como adquirida.
Mais Um Dia… A Democracia em Portugal já dura há mais tempo do que aquele que o país viveu em Ditadura e o Teatro São Luiz celebra-o com um programa especial que se compromete com a memória e procura compreender os diferentes modos de contar a História.
“Entre 1955 e 1974, o São Luiz viveu paredes-meias com a sede da PIDE e foi naquela rua que morreram as únicas vítimas conhecidas desse dia inteiro e limpo. Estrearam-se filmes, censuraram-se espetáculos, celebraram-se artistas. O país, o governo e a cidade exibiram-se e deram-se a ver, tanto quanto aqueles que conseguiram e puderam continuar a fazer o que sabiam: escrever, interpretar, encenar, cantar, recitar e resistir.”, pode ler-se num comunicado do Teatro São Luiz.
Ao longo de duas semanas, o Teatro São Luiz vive o tempo da memória e da história, celebrando 48 momentos que marcaram ocasiões de afirmação e resistência ao regime.
São três os espetáculos inseridos no programa Mais Um Dia: Fraternité, Conte fantastique, estreia de Caroline Guiela Nguyen em Portugal; Memórias de uma Falsificadora, com encenação de Joaquim Horta; e Luca Argel – Samba de Guerrilha em Cena, com Nádia Yracema e António Jorge Gonçalves. Os bilhetes já estão à venda, com os descontos habituais.
E, com entrada gratuita há debates, conferências e entrevistas, numa programação com mais de duas dezenas de participantes; e com curadoria de Tiago Bartolomeu Costa pode visitar-se a exposição 48 Memórias, que ocupa todo o Teatro. Cartazes, programas, fotografias de espetáculos, processos de censura, canções de filmes, adereços e figurinos, poemas e discursos, estão expostos no São Luiz e permitem ler uma história cheia de camadas de sentido, muitos deles por investigar. A exposição ocupa vários espaços do Teatro e dá a 48 momentos em que a história do São Luiz se cruzou com a história política e a visão que um regime tinha, e permitia que se tivesse, da cultura.
A programação completa pode ser consultada no site do Teatro e na nova edição da Revista São Luiz, disponível online e em papel.