Cândida Pinto, Carlos Fino e Paulo Moura: a reportagem de guerra no Festival Literário da Madeira

por Comunidade Cultura e Arte,    7 Fevereiro, 2018
Cândida Pinto, Carlos Fino e Paulo Moura: a reportagem de guerra no Festival Literário da Madeira
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Cândida Pinto, Carlos Fino e Paulo Moura encontram-se para uma conversa sob o mote “O mundo está à espera de uma grande história, de um furo jornalístico, de uma narrativa sensacional escrita debaixo de uma chuva de balas” (Ryszard Kapuściński).

Estes são os protagonistas e o mote de mais uma mesa redonda confirmada para o FLM 2018, que decorre entre 13 e 17 de março, reunindo na ilha da Madeira alguns dos maiores nomes da literatura, jornalismo e música, sob o tema “Jornalismo e Literatura – palavra que prende, palavra que liberta”.

Cândida Pinto, Carlos Fino e Paulo Moura juntam-se aos já anunciados Benjamin Moser, Clara Ferreira Alves, José Luís Peixoto, Esther Mucznik, Frei Bento Domingues, Sheik David Munir, Otessa Moshfegh, Eleanor Catton, Sofi Oksanen.

Cândida Pinto (n. Torres Vedras, 1964) é editora de Internacional da SIC e também coordenadora do programa Grande Reportagem. Já foi diretora da SIC Notícias (2001-2003) e fez parte da direção do Expresso (2005-2008). Como repórter esteve nos últimos 20 anos em diversos palcos de conflitos e catástrofes naturais para além de acompanhar momentos eleitorais ou desenvolver outro tipo de trabalhos jornalísticos em várias partes do mundo: Afeganistão, Angola, Arábia Saudita, Alemanha, Bolívia, Brasil, Cuba, EUA, França, Iraque, Líbia, Georgia, Kosovo, Líbano, Guiné-Bissau, Timor-Leste, Ucrânia, Haiti, Paquistão, Rússia, fronteira Síria-Turquia, Koweit, Reino Unido, Hungria, Sérvia, Moçambique, etc. Esteve em reportagem no Pólo Norte e na Antártida. Recebeu vários prémios de jornalismo nacionais e internacionais.

Carlos Fino é um jornalista internacional português, nascido em Lisboa, em 1948.
Como correspondente de guerra, Carlos Fino assegura, no início dos anos 90, a cobertura de diversos conflitos na periferia da ex-URSS: Abkhásia, guerra civil da Geórgia, Nagorno-Karabakh (enclave sob domínio arménio na república do Azerbaijão), Moldávia (conflito da Trans-Dniéstria) e Chechênia. Cobriu também a entrada dos mujahideen em Cabul (1992), depois da retirada das tropas soviéticas. Ainda nesta qualidade, nos anos 2000, assegura a cobertura dos conflitos do Médio-Oriente (ocupação israelita dos territórios palestinos), guerra civil na Albânia, Afeganistão (ataque norte-americano contra os Taliban depois do atentado às torres gémeas, em Nova Iorque) e última Guerra do Iraque (2003).
Em 2004, Carlos Fino publica, com a chancela da Verbo, “A Guerra em Directo”, livro em que passa em revista a sua experiência como repórter de guerra em diferentes cenários. O livro, que foi “best-seller” em Portugal, teve edição brasileira sob o título “A Guerra ao Vivo”.
Carlos Fino foi distinguido com diversos prémios, entre os quais se destacam o Grande Prémio de Jornalismo do Club Português de Imprensa (1994), o Troféu Gazeta de Mérito do Clube de Jornalistas (2003/2004). Em 2004, o jornalista foi condecorado pelo Estado português com a Ordem do Infante D. Henrique no grau de Comendador e distinguido com o título de Cidadão Honorário de Brasília.

Nasceu em 1959 e foi jornalista do jornal Público desde a sua fundação, em 1989, ano em que concluiu o curso em Comunicação Social pela Escola Superior de Jornalismo do Porto, até Janeiro de 2017.
Fez a cobertura jornalística de conflitos no Kosovo, Afeganistão, Iraque, Chechénia, Argélia, Angola, Caxemira, Mauritânia, Israel, Haiti, Turquia, China, Sudão, Egipto, Líbia e muitas outras regiões, o que lhe valeu vários prémios: Gazeta, AMI — Assistência Médica Internacional, ACIDI — Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, Clube Português de Imprensa, FLAD — Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, Comissão Europeia, UNESCO, Lettre Ulisses, Lorenzo Natali, etc.)
Publicou o romance 1147―O Tesouro de Lisboa (Esfera dos Livros, 2006), Passaporte para o Céu (Dom Quixote, 2006), um relato sobre a imigração ilegal de africanos para a Europa, Otelo, o Revolucionário (Dom Quixote, 2012), biografia de Otelo Saraiva de Carvalho, Longe do Mar (Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2014), uma série de reportagens recolhidas ao longo de uma viagem pela Nacional 2. Os seus livros mais recentes, Extremo Ocidental e Depois do Fim, foram publicados pela Elsinore em 2016. Em Maio de 2017 publica, pela mesma editora, As Guerras de Fátima.

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