Diabo na Cruz lançam disco ao vivo em Março e anunciam concertos nos Coliseus
O CD chega às lojas a 23 de Março e os concertos acontecem a 15 de Novembro, no Coliseu de Lisboa, e a 22 de Novembro, no Coliseu do Porto
Quem nunca viu Diabo na Cruz ao vivo, não sabe o que é realmente Diabo na Cruz. No palco nasce a mitologia de algo maior. Seguem-se os impulsos e as emoções, cometem-se excessos em nome da libertação e desenha-se uma narrativa entre as canções e as pessoas. Diabo na Cruz é uma banda que se inspira no legado da música portuguesa, mas que é fundamentalmente uma banda rock, ancorada no século XXI. Com rituais resgatados das romarias – o comboio humano que espontaneamente se forma no meio do público em “Chegaram os Santos” – e de concertos de estádio – Jorge Cruz, de guitarra em riste, a saltar da bateria em “Fecha a Loja”. Numa entrega mútua entre público e palco, a banda tem cimentado um percurso único e uma festa sem paralelo no panorama nacional.
Foi com a digressão do álbum Diabo na Cruz, editado no final de 2014, que desenvolveram uma relação cada vez mais intensa com o público. Durante mais de dois anos percorreram Portugal por entre auditórios e arraiais, festas e festivais. Descentralizaram o mapa de concertos. Cumpriram a missão de celebrar a cultura portuguesa em todo o Portugal, de fazer festa daquilo que tantas vezes foi apelidado de tristeza. Amaram o país por inteiro, com todos os seus defeitos. Venceram prémios, cresceram e fortaleceram-se enquanto banda. Em cima do palco souberam conjugar as suas diversas facetas e criar equilíbrio entre momentos frenéticos e intimistas. As canções transcenderam-se e ganharam novas dimensões – como a ribombante percussão que abre “Vida de Estrada” ou a metamorfose de “Luzia”, serena e singela ao piano. Tocaram para as pessoas, olhos nos olhos. Devolveram a magia ao mundano.
Há um antes e um depois de Diabo na Cruz. Para qualquer seguidor e admirador do grupo, há uma experiência emocional de ligação entre as pessoas e a música. Gente que não se conhece de lado nenhum e que nada tem em comum encontra em Diabo na Cruz o laço que os une. E descobrem que, se calhar, não somos assim tão diferentes uns dos outros. É essa a marca de uma grande banda: unir vidas tão diversas em torno da música.
A música de Diabo na Cruz trouxe as pessoas para a rua. Acordou-as, ajudou-as a reconciliar-se com as suas raízes, levou-as a cantar e dançar por este país dentro. Fizeram centenas de quilómetros para os ver, juntaram-se na linha da frente, nas palmas, nos cânticos, nas t-shirts, nos cartazes, nas bandeiras e nos xailes minhotos. Ir a um concerto de Diabo na Cruz é olhar em volta e ver corpos desinibidos (olha o comboinho!), sorrisos parvos e lágrimas malandras. É ver mães e filhas abraçadas, namorados lambuzados, raparigas e rapazes a dançar como se estivessem sozinhos no quarto. É apanhar uma molha descomunal durante um concerto porque naquele momento não há nada mais importante no mundo.
É um privilégio viver no mesmo tempo que esta banda, um privilégio poder presenciá-la ao vivo. Estas canções pertencem-nos. Reconhecemo-nos nelas, com elas renascemos e as vivemos. Não digam que não é verdade. Tudo isso aconteceu e a prova está aqui, neste disco.