Hoje à noite n’O Sótão. Sozinho em casa com Dirty Bungalow
A pandemia originou claramente uma onda criativa cujo resultado agora conseguimos desvendar melhor. 2020 foi um ano maioritariamente passado em casa, colocando desafios e oportunidades para tantos e tantos produtores independentes. Dirty Bungalow, alter ego do produtor António Almeida, não foi excepção e o seu novo álbum de originais, Home Alone, é a banda sonora perfeita para um novo e duro confinamento. Lançado hoje pela portuense 1980LYFERS, Home Alone conta com colaborações de luxo: PZ, Logos (Conjunto Corona), Minus & Mr. Dolly e Carlos não são tipos de deixar créditos por mão alheias.
Dirty Bungalow procura no passado as suas referências sonoras e estéticas que acompanham Home Alone: pesquisando samples com os quais vai construindo beats de recorte clássico e lo-fi, celebrando a soul, o jazz e a música negra de décadas passadas. É também (e porque os tempos assim nos levam a sentir) uma reacção artística à crise global que atravessamos e continuaremos a atravessar. Sem deixar de olhar para o futuro, portanto. Este é mais um dos projectos de alto quilate na cena da música independente portuguesa. E em 2021 mais virão. Nós estaremos por aqui, na atenta escuta de Home Alone — disponível em formatos digitais e em CD através do Bandcamp.
E ainda…
Felipe Gordon e Cody Currie juntam esforços para demonstrar um amor mútuo pelo jazz e pelo house, criando uma mistura verdadeiramente original de música direccionada para as pistas de dança. Atlantic Exchanges Vol. 1 é a peça de que precisávamos esta noite, a peça de que necessitamos todas as noites — nunca perdendo uma vibe voltada para a ‘noite’, mas combinando-a com uma musicalidade que será apreciada pelas mentes mais eclécticas. Disponível em vinil.
O Sotão é uma webmagazine focada no mais alto quilate da música lançada por artistas e editoras independentes. Junto com a Comunidade Cultura e Arte contribui semanalmente com a rubrica “Hoje à noite n’O Sótão”, onde apresenta um novo projecto de música independente; e mensalmente com “Álbuns com Pó”.