Quem faz o Party Sleep Repeat?

por Comunidade Cultura e Arte,    21 Abril, 2018
Quem faz o Party Sleep Repeat?
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Para que a festa se repita todos os anos há uma equipa que pensa o Party Sleep Repeat.

Da coordenação e programação até à distribuição de abraços, há uma equipa que trabalha antes e durante o PSR unida pela mesma causa: lembrar o Luís Lima e celebrar a música e a amizade. Ainda que estejam a exercer as suas funções nesse dia, não deixam de fazer também eles a festa. Há memórias de concertos que ficam e que transportam alguns destes membros para outras mais antigas com aquele que continua a ser a personagem central desta narrativa – o Luís.
Esta é (parte d)a equipa do Party Sleep Repeat.

Nome: Tiago Valente dos Santos
Função desempenhada no Party Sleep Repeat: Coordenação e relações institucionais

Como é que surgiu a tua ligação com o PSR?
Surge na medida em que tivemos a ideia de prestar um tributo ao Luís, razão pela qual este festival nasceu e existe. Sou um dos fundadores desta festa.

Em que consiste a tua tarefa no festival?
Sou a face mais visível do festival, uma vez que tenho a responsabilidade direta de lidar com a imprensa no sentido de divulgar o PSR, mas também com os órgãos públicos e privados que colaboram com o festival. Além disso tento desempenhar o papel de coordenador nos vários assuntos que têm de ser tratados para que o festival se realize com a qualidade esperada, sendo que intervenho mais diretamente na programação, comunicação e conceito.

Qual foi o concerto que mais te marcou, de todas as edições em que já estiveste?
Felizmente conseguimos programar bandas que adoro, contudo e infelizmente, raras são as vezes em que consigo assistir a um concerto.
Os concertos dos Sensible Soccers nas duas primeiras edições do festival, pela ligação ao Luís, foram assombrosos. Mais recentemente, em 2017, o concerto de The Legendary Tigerman e superou todas as minhas expectativas mesmo conhecendo a entrega do Paulo Furtado. Foi incrível e transportou-me para os tempos de adolescência em que ia com o Luís a concertos de Wraygunn, com o Paulo Furtado igualmente endiabrado.

Há alguma situação por que tenhas passado, seja durante a preparação ou durante o próprio festival, que te tenha ficado na memória?
Muitas… são difíceis de materializar esses momentos em palavras.
Recordo-me de na primeira edição, que foi a mais marcante e intensa de todas, ver os pais do Luís, apenas 3 meses depois de ele nos deixar, na primeira fila do concerto de Capicua a vibrar com a atuação dela. Foi uma demonstração de força exemplar e que me inspirou e inspira a continuar a trabalhar da melhor forma em prol desta causa.

O que é que achas que distingue o PSR dos outros festivais?
Essencialmente três motivos. O primeiro, nasceu para prestar homenagem a um amigo nosso. Em segundo lugar, porque as receitas de bilheteira revertem para causas sociais e por último, acredito que se trata de um evento que tem um ambiente muito próprio e que é inigualável.

Nome: Gonçalo Tavares Antunes
Função desempenhada no Party Sleep Repeat: Direção criativa e de arte, comunicação.

Como é que surgiu a tua ligação com o PSR?
Tinha no Luís um dos meus melhores amigos.

Em que consiste a tua tarefa no festival?
Organização e comunicação. Na organização estou mais envolvido nas decisões criativas e culturais, como programação, escolha e alinhamento de artistas e outros aspetos, e no que toca à comunicação sou o responsável pela estratégia, direção criativa e direção de arte de toda a comunicação com a ajuda do João e do Carlos no Video e Motion.

Qual foi o concerto que mais te marcou, de todas as edições em que já estiveste?
Guardo com especial carinho o concerto de Capicua e Sensible Soccers na 1a edição, mas no registo de ficar sem fôlego, destaco o concerto de Black Bombaim, Equations e The Sunflowers.

Há alguma situação por que tenhas passado, seja durante a preparação ou durante o próprio festival, que te tenha ficado na memória?
A primeira edição. O momento único. Desde a preparação, ao festival em si, até ao final da noite onde toda a gente nos congratulou e encheu de carinho incentivando-nos a continuar com aquela festa bonita de memória ao Luís. Foi um turbilhão de emoções.

Nome: Pedro Amorim
Função desempenhada no Party Sleep Repeat: Responsável segurança, apoio logístico.

Como é que surgiu a tua ligação com o PSR?
Sou um dos fundadores do festival. Desde 2013, este festival faz parte da minha vida.

Em que consiste a tua tarefa no festival?
No pré evento, o apoio logístico de artigos para o festival. Recolha e distribuição de artigos publicitários, artigos da banca da associação, contacto com os responsáveis pelos bares nos pormenores técnicos das suas bancas, montagem da decoração do festival. Também assumo as compras para o catering dos artistas e voluntários do festival.
No próprio dia, coordenar e controlar os nossos parceiros em qualquer dúvida que possa surgir e fazer a ponte com a segurança.

Qual foi o concerto que mais te marcou, de todas as edições em que já estiveste?
Dos poucos que tive oportunidade de ver, foi o concerto de Sensible Soccers na primeira edição do festival.

Há alguma situação por que tenhas passado, seja durante a preparação ou durante o próprio festival, que te tenha ficado na memória?
Todos os anos me têm surpreendido pela evolução que temos conseguido dar a este festival. Tendo de eleger um, em 2015, no ano em que actuaram os Linda Martini, quando tivemos de interromper a entrada de pessoas por razões de segurança. Nesse momento pensei: “isto está a ficar sério!”.

O que é que achas que distingue o PSR dos outros festivais?
O ambiente de amizade, amor e solidariedade. Conseguimos realizar este dia com a demonstração de amizade de muitas pessoas que não ligadas diretamente à organização, nos ajudam a concretizar os nossos objetivos. O amor, por comandar todos os passos dados até hoje por este festival. A solidariedade, por sempre termos conseguido ajudar famílias vulneráveis da nossa cidade, e mais recentemente a Liga Portuguesa Contra o Cancro.
São estas as palavras que me surgem para descrever o PSR.

O que é que achas que distingue o PSR dos outros festivais?
Além da vertente musical e solidária, o que distingue o PSR é claramente o ambiente. Sou suspeito, mas acho que o PSR consegue emanar um ambiente de amizade e amor que não fica indiferente a ninguém.

Nome: Pedro Batista e Silva
Função desempenhada no Party Sleep Repeat: Membro da organização

Como é que surgiu a tua ligação com o PSR?
A minha ligação ao PSR é tão forte como era a minha amizade com o Luís Lima. Após a sua morte, o PSR é a forma que tenho de me sentir próximo dele.

Em que consiste a tua tarefa no festival?
No dia do festival em si, sou responsável pela organização e monitorização da bilheteira, mas as minhas funções na organização do festival ultrapassam em muito as tarefas do próprio dia. Participo nas decisões sobre o alinhamento, no processo de angariação de financiamento e patrocínios, na procura de parceiros para exploração comercial de bebidas e comidas no espaço do festival, comunicação com os beneficiários dos donativos oriundos da bilheteira do festival, etc.

Qual foi o concerto que mais te marcou, de todas as edições em que já estiveste?
Sem dúvida o concerto dos Sensible Soccers na primeira edição do festival, quando nem sabíamos que tudo isto se viria a tornar num festival. Era a festa de tributo à vida do Luís, ele tinha desaparecido há muito pouco tempo e esse concerto foi cheio de significado e emoção.

Há alguma situação por que tenhas passado, seja durante a preparação ou durante o próprio festival, que te tenha ficado na memória?
Outro momento que me ficou marcado foi quando interpretei na guitarra, em conjunto com Pedro Almeida (Baixo), Tiago Valente dos Santos (bateria) e Miguel Lestre (voz+teclas), uma música que tinha sido em parte composta pelo Luís, e que foi posteriormente completada por nós para ser tocada em tributo. Foi um momento fantástico que me vou sempre recordar.

O que é que achas que distingue o PSR dos outros festivais?
Sem dúvida o ambiente familiar, de intimidade e amizade que preenche o festival. É como se estivesse a ser abraçado a todo o momento.

Nome: Maria Adelaide dos Santos Lima – mãe do Luís
Função desempenhada no Party Sleep Repeat: Receber e dar abraços

Como é que surgiu a tua ligação com o PSR?
Sou mãe do Luís Lima e, recebi como seu legado, o sentimento mais bonito … mais sublime … que pode existir … a AMIZADE que o ligava aos amigos e que são os criadores e organizadores do PSR.

Em que consiste a sua tarefa no festival?
Receber os abraços dos amigos e amigas do Luís, porque em cada abraço eu sinto o Luís … sinto a BELEZA INTERIOR de cada um dos seus amigos e de cada uma das suas amigas …

Qual foi o concerto que mais a marcou, de todas as edições em que já esteve?
Eu não consigo distinguir. Para mim todos e cada um dos concertos, constituem um momento de comunhão de sentimentos maravilhosos … um HINO … um POEMA … cantado … dito … em uníssono, pelo coração … dos criadores e organizadores … dos colaboradores … dos músicos … e de todos aqueles que estão lá, porque adquiriram o seu bilhete …ou  porque patrocinaram o festival …

Há alguma situação por que tenhas passado, seja durante a preparação ou durante o próprio festival, que te tenha ficado na memória?
A coragem … o empenho … a frontalidade … a amizade envolvente … que os seus edificadores colocam quer na preparação, quer no próprio festival.

O que é que achas que distingue o PSR dos outros festivais?
O “SER” que está em cada um dos seus jovens criadores e organizadores. Há algo que se SENTE e VIVE que, pela sua magnanimidade não há palavras que o consigam traduzir …

Nome: Luís Quintino – pai do Luís

Como é que surgiu a tua ligação com o PSR?  
A minha ligação resulta do facto de ser o pai do Luís Lima e sócio fundador da Associação Cultural Luís Lima;

Em que consiste a tua tarefa no festival?
Sou consultor da ACLL na ligação ao mundo empresarial, mais concretamente às empresas locais que apoiam o Party Sleep Repeat;

Qual foi o concerto que mais o marcou, de todas as edições em que já esteve?
Todos os concertos me impressionaram muito. Mas destaco aqueles onde actuaram os Sensible Soccers, os Prana, os Linda Martini e o Legendary Tigerman;

Há alguma situação por que tenhas passado, seja durante a preparação ou durante o próprio festival, que te tenha ficado na memória?
As conversas que tive com diversos jornalistas, acerca do Luís e dos seus amigos, durante o PSR. As conversas com anónimos que vieram a S. João da Madeira de propósito tentando entender a mística do festival;

O que é que achas que distingue o PSR dos outros festivais?
O PSR distingue-se de todos os outros festivais pela sua origem e cumplicidade, pela sua vocação intrinsecamente artística, bem como pelas suas dimensões social e humanitária.

Nome: João Vieira
Função desempenhada no Party Sleep Repeat: bilheteira, banca da ACLL e tudo o que for preciso no entretanto.

Como é que surgiu a tua ligação com o PSR?
A minha ligação com o PSR surgiu, naturalmente, pela minha ligação ao Luís. Desde a nossa primeira edição (mesmo antes de lhe chamarmos PSR), o nosso propósito enquanto organizadores do festival é, antes de tudo o resto, homenagear o Luís e o impacto que ele teve na vida de todos. Acho que é essa vontade que nos dá a força e a motivação que todos nos reconhecem.

Em que consiste a tua tarefa no festival?
Eu, juntamente com o Pedro, estou responsável pelo gestão da bilheteira em conjunto com os nossos parceiros (Associação de Jovens Ecos Urbanos). Isto consiste em contabilizar entradas, conferir os montantes recebidos e fazer o respetivo evacuamento, entre outras tarefas. Faço também um “turno” na banca da ACLL, onde os participantes do festival podem adquirir merchandising ou tornar-se sócios da nossa associação.   

Qual foi o concerto que mais te marcou, de todas as edições em que já estiveste?
Essa é uma pergunta complicada, porque normalmente não consigo assistir aos concertos. No entanto, acho que os concertos de Sensible Soccers foram sempre especiais pela relação próxima e admiração que o Luís sentia por eles, que é claramente devolvida por eles.

Há alguma situação por que tenhas passado, seja durante a preparação ou durante o próprio festival, que te tenha ficado na memória?
Tendo em conta o nosso envolvimento no festival, que ultrapassa qualquer objetivo comercial ou profissional, e se centra exclusivamente num plano pessoal, todas as edições têm momentos que me vão ficar gravados na memória para sempre. É impossível apenas definir um.

O que é que achas que distingue o PSR dos outros festivais?
Antes de mais, acho que a maior parte das pessoas que vem ao PSR não o vê como um “festival”. Claro que, na génese, somos um festival de música, mas estamos longe de nos circunscrever a isso. Para além dos concertos e da música, o PSR é também um ponto de encontro de amigos, um dia que, pela sua força, se tornou como uma reunião de várias gerações. Na minha opinião, e para ser breve porque acho que se podiam escrever teses sobre o que distingue o PSR dos outros festivais, o que distingue o PSR de todos os outros festivais onde estive até hoje é a atmosfera de celebração do amor, da amizade e de tudo aquilo pelo que vale a pena viver. E isso nunca vai mudar.

Nome: Maria Manuel Pinto
Função desempenhada no Party Sleep Repeat: Produtora

Como é que surgiu a tua ligação com o PSR?
Através do convite dos meus amigos para ajudar na produção da primeira edição do Party Sleep Repeat, a que chamámos “Momento Único” porque de facto, foi. Correu tão bem que fomos desafiados a voltar a fazê-lo novamente e já vamos na 6ª edição!

Em que consiste a tua tarefa no festival?
Sou a produtora do evento e participo, também, na programação.

Qual foi o concerto que mais te marcou, de todas as edições em que já estiveste?
Não é possível dizer um só. Foram todos, à sua maneira. No entanto, posso destacar alguns muito marcantes: o concerto de Sensible Soccers na 2ª edição do PSR foi muito bonito e havia no ar um clima de amizade que nunca tinha sentido em nenhum outro espetáculo; o de Linda Martini, pelo envolvimento de todo o público e por ter sido o momento em que mais cheio esteve o recinto, de todas as edições; o de PAUS por ter sido incrivelmente bom (os próprios PAUS disseram que, até àquele dia, tinha sido o melhor da tourné do álbum Mitra); e o de The Legendary Tigerman no ano passado porque foi um momento de rock’n’roll épico.

Há alguma situação por que tenhas passado, seja durante a preparação ou durante o próprio festival, que te tenha ficado na memória?
Na verdade, há muitas situações que me marcaram e marcam. Pela minha função, lido diretamente com muita gente a quem explico o mote deste festival e, muitas vezes, as pessoas ficam realmente sensibilizadas e até emocionadas. É muito bonito e sinto muito orgulho por contribuir para que isto aconteça.

O que é que achas que distingue o PSR dos outros festivais?
O Party Sleep Repeat é um festival realmente único pelo motivo pelo qual surgiu, pela amizade que existe pelo Luís e entre todos os que o organizam. É uma verdadeira celebração. Isso sente-se e espalha-se por todos os que fazem parte dele.

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