Ringo Starr segue exemplo de Springsteen e cancela concerto na Carolina do Norte
Não tem sido fácil a vida para o governador republicano da Carolina do Norte Pat McCrory nos últimos dias. Após aprovar uma controversa lei que obriga transexuais a utilizarem as casas de banho públicas de acordo com o sexo na certidão de nascimento, Bruce Springsteen aliou-se às vozes que entendem esta medida como opressora e discriminatória para com a comunidade LGBT, cancelando um concerto que tinha marcado para dia 10 deste mês na cidade do sul dos Estados Unidos.
Num texto emotivo partilhado no seu website oficial, o cantor de ‘Glory Days‘ refere que como artista, cancelar o concerto é «a arma mais forte» que tem à sua disposição para «combater as vozes que nos empurram para trás em vez de para a frente».
Desta vez foi o antigo baterista dos Beatles, Ringo Starr (que desde a altura dos Fab Four tem feito carreira em nome próprio) a decidir não atuar na cidade que em tanta controvérsia tem sido envolta. Num pequeno adereço à imprensa, Starr diz: «custa-me desapontar os meus fãs na região, mas temos de tomar partidos nesta luta contra o ódio. Partilhem a paz e o amor».
Ringo Starr e Bruce Springsteen não foram os únicos a cancelar performances em resposta a leis anti-LGBT, sendo que neste domingo Bryan Adams cancelou uma aparição em Biloxi, no estado do Mississipi como forma de protesto contra uma lei de fundamentação religiosa que permite a pessoas de fé e donas de negócios privados recusarem-se a servir pessoas homosexuais ou transexuais.
Outros artistas que estão ‘marcados’ para atuar na área da Carolina do Norte inclúem Beyoncé, Justin Bieber, Pearl Jam e Cindy Lauper, todos nomes que saíram já a público por diversas vezes em defesa da comunidade LGBT, levando a alguma especulação sobre se os seus concertos se realizarão ou não.