Estado português e Ephemera assinam protocolo no âmbito do Museu Nacional de Resistência e Liberdade

por Comunidade Cultura e Arte,    17 Janeiro, 2020
Estado português e Ephemera assinam protocolo no âmbito do Museu Nacional de Resistência e Liberdade
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A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), a Associação Cultural Ephemera e José Pacheco Pereira assinam, a 22 de janeiro, um protocolo de cooperação a cinco anos para o desenvolvimento de ações previstas no projeto de criação do Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, em Peniche. 

O protocolo é assinado pelas 15h00 nas instalações da Ephemera (Rua Brito Camacho, 6), na Marmeleira , e estabelece, entre outros, o compromisso de “cedência gratuita e temporária de peças e documentos integrantes do Arquivo Biblioteca de José Pacheco Pereira, identificadas como relevantes para completar e enriquecer a exposição permanente do Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, em regime de depósito”, comprometendo-se a DGPC a assegurar que as mesmas “beneficiarão das condições de exposição e de conservação exigidas e regulamentadas para o património móvel”. 

O Arquivo e Biblioteca de José Pacheco Pereira “contém um assinalável núcleo documental com interesse para o Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, cujo tratamento e conservação são prosseguidos pela Associação Cultural Ephemera”, realça o texto do protocolo. 

O documento recorda ainda que José Pacheco Pereira é membro da Comissão de Instalação dos Conteúdos e da Apresentação Museológica (CICAM) e do Comité Executivo do Museu de Peniche (CEMP), entidade cuja missão é acompanhar a última fase da obra de criação do Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, nomeadamente as questões relacionadas com a operacionalização do Guião de Conteúdos, o projeto de museografia e a articulação com o projeto de arquitetura do Museu. 

As entidades signatárias acordam ainda participar em ações de divulgação da exposição e do Museu, “incluindo colóquios, conferências, visitas guiadas específicas, elaboração ou colaboração na elaboração de documentação informativa ou ensaística sobre os conteúdos do Museu”, para as quais a Associação Ephemera “disponibizará (…) materiais integrantes do Arquivo Bibiloteca de José Pacheco Pereira, para além dos integrantes da exposição, e que possam ser complementares destes para efeitos de estudo análise ou divulgação”. 

No mesmo dia, pelas 17h00, e no Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, é apresentado publicamente a edição Cadernos do Ephemera no 3, o primeiro dedicado àqueles “que são mais facilmente esquecidos porque não viveram nos centros do poder, mas que deram dimensão nacional à resistência ao Estado Novo”. 

Com o título de “Em Sentido Contrário”, esta edição inicia o tema “Oposicionistas na província” e é dedicada a Venerando Ferreira de Matos (1926 – 1975), que desenvolveu intensa atividade contra o regime salazarista, em Torres Vedras, e esteve vários anos preso em Peniche. 

Da autoria de Venerando António Aspra de Matos, filho do biografado e professor de História aposentado, o livro é apresentado por Fernando Pereira Marques, professor universitário e militante antifascista, que esteve preso pelo anterior regime político. 

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