Hoje à noite n’O Sótão. A promessa cubana de Diego Hedez

por Francisco Espregueira,    19 Janeiro, 2022
Hoje à noite n’O Sótão. A promessa cubana de Diego Hedez
Capa do disco
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Inspirado pelos sons que conectam expressões musicais do Caribe e da América Latina e dedicando este trabalho aos criadores do jazz latino, Diego Hedez e o seu quinteto conduzem-nos por uma magnífica viagem de sete faixas. Via Common Good Records, o debute de Hedez, Distante, transporta sonoridades das ruas cubanas, conservando um sentido muito forte de autenticidade e de pertença. Composto por Diego e arranjado por Marion Castro, o álbum tem um grande valor pessoal para o compositor, expressando o seu apreço e carinho por todos aqueles que o inspiraram e baseando-se nas suas viagens por Cuba, momento em que aprofundou o conhecimento sobre a sua cultura.

Nascido no ano 2000, Hedez é um jovem prodígio, cuja vida apontou desde cedo para este exacto momento. Depois de frequentar a reputada Escola Nacional de Arte de Cuba, onde mergulhou na música cubana, no jazz e no bebop, as conexões começaram a multiplicar-se e o seu talento a cruzar fronteiras. Da interacção com professores e colegas de banda nasceu a possibilidade de se mostrar em alguns dos melhores bares de música ao vivo de Havana. Desde esse momento, a trajetória do jovem Hedez tem sido notável. Distante é o seu primeiro passo em direcção a outros palcos, apresentando uma bela selecção de temas gravados ao vivo. A intenção foi a de gerar uma sensação de maior confiança entre os músicos, conseguindo assim uma grande compatibilidade entre estes para entregar um som natural. Tal é atingido com facilidade e o quinteto acaba por mostrar uma forte conexão, entrelaçando temas e criando eventos musicalmente densos, preenchidos pelas sonoridades da sua cultura e ritmos latinos. Distante é um álbum empolgante e novo de um artista que só agora se mostra ao mundo. Disponível via Bandcamp.

E ainda…

De Bruxelas, chega-nos outro artista emergente. Mambele é um produtor cuja música cruza vários géneros e que na semana passada apresentou o seu último EP, PROTON. Em apenas cinco faixas, Mambele traz ritmos da África Ocidental e do Brasil, e levanta as cortinas do jazz e do hip hop, mantendo uma abordagem às melodias claramente influenciada por D’Angelo.

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